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Nasci em outubro,
Carrego na alma
Um escorpião.
Ora morro de prazer,
Ora morro de paixão.
Estou sempre a arder
No fogo de algum conflito.
Bebo meu próprio veneno
E depois, vou e grito...
Já morri várias vezes
E renasço feito flor.
Basta eu apenas encontrar
O que eu suponho ser o amor.
Uma bela boca sempre me seduz.
Lingua desvelando pouco a pouco
O desejo á meia-luz
Num beijo intenso e louco.
Meus sentimentos estão em minhas veias.
São vulcões em constante ebulição.
Basta eu me vestir de sereia
E me perder no canto da ilusão.
Piso em nuvens e em ovos,
Pés com asas e sem chão.
Ardo em felicidade e me renovo
Quando me ardo de paixão.
Mas nunca me entrego inteira.
Vou observando devagar.
O desejo é uma ribeira
E eu sou feita para amar.
Sou em escorpião de outubro.
Não sei quase nada e nem
De mim consigo saber tudo.
-Carla Agra
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